domingo, 23 de janeiro de 2011

30 Anos Depois a dor ainda persiste


Preste bem atenção, se você não conhece...conhecerá agora a tragédia que abalou os Amapaenses a 30 anos atrás...



Acidente que deixou centenas de mortos ainda está vivo na memória dos amapaenses

A maior tragédia da navegação amapaense e uma das maiores da brasileira completa 30 anos. Foi no dia 6 de janeiro de 1981 que o barco Novo Amapá naufragou na foz do Rio Cajari, deixando mais de 300 mortos e pelo menos 300 outros passageiros em momento de terror, no meio da escuridão tentando sobreviver. Três décadas depois, o acidente ainda é lembrado por familiares de vítimas e pessoas que trabalharam na remoção dos corpos ou na cobertura da tragédia. Muitos ainda se perguntam quem são os culpados pela tragédia.
A embarcação deixou o Porto de Santana, por volta de 14h, com destino à cidade de Monte Dourado, no Pará, e tombou por volta de 21h. Apesar de ter capacidade para 400 passageiros e meia tonelada de carga, o Novo Amapá transportava mais de 600 pessoas e o dobro da capacidade de mercadorias, uma das causas prováveis para o acidente.
Na época, a Capitania dos Portos registrou pouco mais de 150 passageiros para o barco. De acordo com o despachante Osvaldo Nazaré Colares, em relatos fornecidos à imprensa local, ele soube da real lista de passageiros, somente horas depois que a embarcação já tinha desatracado do Porto, e por isso não pôde tomar providências para interromper a viagem. Manoel Alvanir da Conceição Pinto, então comandante do barco, seguiu as instruções do proprietário do Novo Amapá, Alexandre Góes da Silva, como instalar mais um motor hidráulico no barco para agilizar a viagem. Contudo, não conseguiu evitar o naufrágio. O corpo de Góes foi encontrado em um dos camarotes da embarcação.
Manoel afirmou que, em nenhum momento deixou o comando do barco, como disseram alguns sobreviventes na época. “Havia um garoto ao meu lado na cabine de comando, mas não deixei que ele pegasse na direção do barco”, afirmou o ex-comandante, após o acidente.

Enterro em valas
Como eram muitos cadáveres e os corpos se decompunham com rapidez, as autoridades resolveram fazer um enterro em quatro valas de 50 metros, no cemitério Santa Maria, em Santana. Enquanto não eram enterrados, os corpos ficavam no galpão do Governo do Estado, numa câmara-ardente, até serem transportados para o sepultamento. Famílias inteiras foram enterradas no mesmo local, como a de Irandir, Célia, Nice, Irley, Redinar, Adilza e Denise Pontes - todos mortos no naufrágio. Na mesma sepultura também podem ser encontrados cadáveres de mãe e filho, como a de Maria do Socorro Oliveira, que faleceu aos 20 anos e Max Henrique Oliveira, que iria completar um ano de idade.
Após 30 anos do naufrágio, não se sabe o número de corpos enterrados, pois segundo o Jornal do Povo, em matéria publicada na época, o barco não possuía lista de passageiros e seu dono se limitava a cobrar a passagem e a colocar o dinheiro em uma maleta que levava consigo. Portanto, desconhecia-se a identidade dos mortos e as autoridades só puderam identificar os cadáveres, quando aparecia um parente ou familiar.
Segundo a lista da Capitania dos Portos do extinto Território Federal do Amapá, cerca de 650 pessoas embarcaram no Novo Amapá e menos de 180 puderam sobreviver. “Muita gente diz que foram duzentas e poucas pessoas que sobreviveram. Isto não é verdade”, contradiz dona Creuza Marques dos Reis, sobrevivente do naufrágio. Dona Creuza embarcou com a filha e a neta, mas somente ela e a neta de um ano e meio sobreviveram. Até o ano passado, moravam em Santana e sobreviviam da renda de um pequeno estabelecimento comercial.

Sem salva-vidas
Outra pessoa que conseguiu escapar com vida do acidente foi Armando da Silva Batista. Ele disse que muitas pessoas morreram porque não usavam o colete salva-vidas e dormiam na hora do naufrágio. “Essas pessoas que pegaram o salva-vidas morreram quase todas porque dormiam e não sabiam, ao acordar, como colocar o salva-vidas. E isso atrapalhou, pois não sabiam o que, de fato, estava acontecendo”, disse Batista.
Funcionário de uma empresa que vendia utensílios de cozinha para toda a região do Amapá, Batista viajava frequentemente em época de pagamentos, para fazer cobranças, acompanhado do colega Edson. Momentos antes da tragédia ambos haviam se separado. “Como a área das redes estava muito quente, disse pro meu colega que ia pro andar de cima e só retornaria de manhã”, relatou. Ao ser perguntado sobre o momento em que o barco tombou, contou com detalhes: “Levei uns 15 minutos pra chegar na cabine. Quando cheguei lá, ele [comandante] mandou servir um café pra mim, pro Roberto [amigo] e duas meninas do Jari. Nos 15 minutos que cheguei lá, o barco deu um tombo para um lado e um tombo para o outro. Eu ainda perguntei pro Alvanir: ‘Alvanir, isso é maresia?’. Ele disse: ‘Rapaz, por incrível que pareça, nessa região não dá maresia’. Quando ele terminou de falar, o barco tombou de uma vez. Foi como uma virada de carro. Inevitável”, explicou.

De quem foi a culpa?
Segundo alguns sobreviventes, a inexperiência de um garoto na cabine de comando pode ter sido a causa do desastre. O garoto que muitos se referem pode ser José Roberto da Silva Pinto, hoje com 37 anos e que chegou a trabalhar no cemitério onde foram enterradas as vítimas do naufrágio. “Isso é mentira dizerem que foi um garoto a causa principal da tragédia”, disse José Roberto, criticando as afirmações feitas pela imprensa na época. O rapaz era amigo da tripulação e, vez por outra, viajava no Novo Amapá a pedido do proprietário Alexandre Góes. “Antes mesmo de começar a viajar no Novo Amapá, eu trabalhava num bar de que ele [Góes] era dono”, disse Roberto. Alguns sobreviventes insinuaram que um banco de areia pode ter sido uma das principais causas do trágico tombo na foz do Cajari. Mas, segundo informações que se encontram em livros geográficos e hidrográficos da época, o nível do rio Cajari era bastante alto para levar a embarcação a inclinar-se lentamente para as águas. Outra possibilidade é a superlotação da embarcação. Mas, o grande questionamento é se a superlotação foi a única causa do naufrágio do barco Novo Amapá, já que só tombou sete horas depois da partida e não logo após deixar o porto de Santana.

Texto extraído da GAZETA...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Monólogo da Água


Água, ó Agua ...
Simplesmente definida como uma substância líquida composta de hidrogênio e oxigênio, a água vai muito além.
Alguns dizem que no além ela está presente.
Para outros desde o topo do Everest às fontes hidrotermais situadas ao longo das profundezas oceânicas, somos capazes de encontrar este símbolo tão precioso presente em nossas vidas.
Quando queremos falar de água é preciso ir além de algumas linhas. Quem vê Água, enxerga seu grande valor, sua essência e sua perfeição !
A Água Alimenta o ser humano, e vivifica o espírito !
Água presente no Batismo e Lava-pés de Jesus , na narrativa Cristã.
A Água cria guerras- Como em Israel e seus vizinhos, pelo poder do Jordão - , modifica nações é considerada símbolo da vida.
A Água é Sagrada para as Meditações Espíritas, e para os Monastérios Budistas.
Dizem que é o grande " Caldo " de onde surgimos.
É um sistema de circulação que corta o mundo, uns temem suas escassez, outros seu excesso.
Símbolo da longevidade Japonesa
E da Prosperidade Brasileira
Doce, salgada, imunda, pura, gelada ou quente, em todas as formas ela sustenta o globo.
Podemos citar o derrame na pia batismal, ou até mesmo o dispersar das cinzas em um rio...
Ela é o Altar da criação, quer seja Criacionista ou Evolucionista.
Pois a Água compõe as Células do corpo humano assim como os mitos da criação.
Ela é o viveiro e germinação de todas as sementes no sentido literal,
É uma substância mágica e até medicinal.
Engloba rituais tradicionais e cotidianos, traduz o ser.

Você deve estar se perguntando
por que eu quis falar da água ?

Milhares de pessoas Sofrem constantemente com inundações, e outras morrem pela falta dela.
E Daí ?
Eu penso que o balanço do ser se volta para o cotidiano na atualidade, e esquece de refletir e ponderar as situações vindouras, e está tão quão equidistante da nossa capacidade de raciocinar de fato.
Sem nenhuma crise ou algum rodeio !
Eu indicaria a reflexão...
E você ?



Grandes Abraços.

Por: Eliakim Silva